A Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para 2021 foi aprovada por unanimidade nesta terça-feira (23) durante sessão ordinária. O Projeto de Lei teve duas emendas que também foram aprovadas. Apenas o vereador Tico da Colina não estava presente.

A emenda número 2, de autoria dos vereadores Leandro Lourençon, Agostinho Tardiveli e Marquinhos do Leite (PSDB), retirou o valor de R$ 100 mil do orçamento da Câmara e repassou para o Fundo Municipal da Saúde, para ser destinada à Clínica Interdisciplinar Educacional de Louveira, entidade conhecida popularmente como Cielo e que presta assistência a pessoas com deficiência intelectual.

A outra emenda, de autoria de todos os vereadores, adequou a LDO à Lei Complementar 173/2020, aprovada em nível federal, e que proíbe a concessão de quaisquer vantagens, benefícios ou reestruturação administrativa até dezembro de 2021.

A LDO tem previsão de queda de 11% no orçamento de Louveira, com total de R$ 432,5 milhões. A Câmara teve seu orçamento reduzido em 9,8% e a Prefeitura reduziu em 6%.

Por lei, a Câmara teria direito a um orçamento de até 7%, algo em torno de R$ 30 milhões. Mas, para o próximo ano, a proposta era de um orçamento de R$ 18,2 milhões, respondendo por 4,2% do orçamento previsto. Com a aprovação da emenda, o orçamento da Câmara ficou previsto em R$ 18,1 milhões.

Durante a discussão do projeto, o vereador Marquinhos do Leite disse não considerar justo que a Câmara tenha reduzido tanto o orçamento, a ponto de dificultar a gestão do próximo presidente. Para ele, o valor deveria ser mantido no que está, para que o próximo presidente possa administrar a Casa e, se sobrar, devolver o dinheiro à Prefeitura.

O presidente vereador Láercio Neris (PTB) explicou que devolveu R$ 6 milhões no ano passado e que este ano há previsão de se usar R$ 1 milhão a menos que 2019. Isso se deve, segundo o presidente, a um bom trabalho de gestão, que reduziu os gastos a ponto de se devolver o dinheiro aos cofres públicos municipais. Ele explicou ainda que seria incoerente da parte dele saber que é possível administrar com menos e pedir muito mais, explicando que a folha de pagamento de salários está na faixa de R$ 10 milhões, sendo mais R$ 4 milhões de contratos continuados e outros R$ 4 milhões para investimentos que forem necessários.

Marquinhos do Leite propôs, então, em se calcular uma redução ainda maior, cortando cargos comissionados e reduzindo o número de vereadores, dizendo que a Câmara não tem mais função já que nem requerimento para fiscalizar o prefeito consegue aprovar em plenário.

Com informações e fotos: Assessoria Câmara de Louveira