Além do coronavírus, as fake news tem se espalhado rapidamente. Nas últimas semanas circulou nas redes sociais uma mensagem falando sobre um caso de atropelamento na cidade de Mogi Guaçu, interior de São Paulo, que foi registrado como óbito causado por Covid-19.

O Governo do Estado se pronunciou e esclareceu que o fato ocorreu, em 1º de março, mas o nome da vítima é diferente do que consta no atestado de óbito usado para ilustrar as mensagens falsas divulgadas.

Além disso, até o presente momento, Mogi Guaçu não tem casos de óbitos registrados em decorrência da COVID-19. O Governo do Estado ressalta que os registros de óbitos seguem rígidos protocolos técnicos.

As fichas de mortes consideradas suspeitas contêm a informação do quadro sindrômico e a sinalização de espera pelo resultado laboratorial de COVID-19. Quando há confirmação do exame, o óbito é contabilizado.

Mais fake news sobre coronavírus

Também é falsa a informação de que médicos chineses ensinam uma forma de diagnosticar em casa se a pessoa está infectada com coronavírus fazendo um teste simples: prender a respiração por alguns segundos para checar se há fibrose pulmonar provocada pelo novo coronavírus. O diagnóstico preciso da COVID-19 é feito a partir da coleta de materiais respiratórios e analisada em laboratório. Não existem métodos caseiros para essa finalidade.

A mesma mensagem também mente ao sugerir que beber água a cada 15 minutos previne infecção pelo novo coronavírus. Até o presente momento, pesquisadores não identificaram nenhum remédio nem vacina específicos que sejam capazes de prevenir ou tratar a doença. Os profissionais da Secretaria da Saúde reforçam que receitas caseiras não têm comprovação científica.

Por essa razão, a recomendação é adotar medidas como higienização das mãos, evitar sair de casa (em especial os idosos acima de 60 anos), evitar aglomerações e ficar atento a eventuais sintomas.