Após a divulgação dos dados estatísticos da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo, o Conselho de Segurança de Louveira – CONSEG – avaliou os números e, em entrevista ao site Acontece Louveira, o presidente Dimas Bessornia comentou sobre os ações que devem ser tomadas em breve.
O principal dado que chama a atenção é o aumento de números de estupros e em especial o de ‘vulneráveis’, que registrou 12 ocorrências em 2019. “Vamos nos reunir com outros órgãos responsáveis pela atenção às crianças e adolescentes para sabermos mais sobre estes casos e o que podemos fazer para diminuir”, conta Dimas, explicando que também é preciso entender se o aumento nos números é também pelo fato do crime ser mais denunciado.
“Esta sempre é minha recomendação: faça boletim de ocorrência”, reforça. Vale ressaltar que para qualquer tipo de denúncia há diversos canais e o sigilo é mantido. Além de poder procurar a Delegacia de Louveira, que fica na Av. José Nicolau Estabile, número 375, no bairro Jardim Lago Azul, é possível denunciar através do Disque 100, serviço oferecido pelo Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, que funciona diariamente, 24 horas por dia, incluindo sábados, domingos e feriados.
As ligações podem ser feitas de todo o Brasil por meio de discagem gratuita, de qualquer terminal telefônico fixo ou móvel (celular), bastando discar 100.
Conseg orienta a denunciar todos os crimes
Independente da natureza do crime – seja um estupro ou um furto – o presidente do Conseg ressalta a importância das denúncias. “Não é preciso ir à delegacia, há outras formas como o boletim eletrônico, que pode ser feito pela internet. Mas se não tiver boletim de ocorrência, não é possível levar aos órgãos competentes dados corretos de que é preciso mais policiamento, mais políticas públicas de segurança ou qualquer outro tipo de investimento”, reforça.
Dimas Bessornia comenta que Louveira ainda tem uma taxa relativamente pequena de crimes, mas que é preciso manter ‘a linha dura’. “Analisando os principais tipos de ocorrências na cidade, como os estupros, homicídios, roubos e furtos, com a população estimada do município, projetamos uma taxa de índice criminal de 0,0094, mesmo valor de 2018”, calcula.
Mas o presidente do Conseg avalia que é difícil ‘medir’ a segurança, afinal são muitos fatores envolvidos, como por exemplo o aumento do número de registros de determinado crime após o incentivo às denúncias – que é justamente o caso dos estupros, uma vez que muitas ocorrências podem deixar de ter seu registro devido vergonha ou medo da vítima, e podem aumentar o número de registros após campanhas incentivando à elaborar boletim de ocorrência.
Por isso, Dimas Bessornia insiste que a participação popular no Conselho de Segurança também deve ser aumentada. “Só com a colaboração de todos vamos entender o que é preciso para melhorar a cidade e poder agir. A reunião do Conseg é o momento adequado para discutir estes assuntos e buscar solução. É onde a população pode encontrar as forças de segurança da cidade e conversar sobre estas questões”, diz.
A próxima reunião do Conseg de Louveira será realizada em 20 de fevereiro. Ainda não está definido o local, mas em breve será divulgado.