As academias de Louveira já se mobilizaram para reabertura antes da polêmica desta semana, quando o Governo do Estado de São Paulo determinou que continuassem fechadas mesmo após Presidente do Brasil autorizar abertura.

As academias fizeram um movimento na internet e elaboraram documento encaminhado para as autoridades municipais, mas não foi possível voltar a funcionar.

Proprietário do My Box Louveira, Tiago Dido Bueno, conta sobre como tem sido este período de academias fechadas. “Desde antes da quarentena já percebemos que as pessoas começaram a ir menos para o box, por isso nos adiantamos e começamos as aulas on line. Fechamos o espaço no dia 21 de março e seguimos com as atividades na internet mas há uma semana também encerramos este trabalho”, conta, lembando que precisou suspender o contrato de dois profissionais e demitir um após seu faturamento cair mais de 50%.

Apesar de ter renegociado alguns compromissos, como aluguel e o sistema, Tiago lamenta não conseguir manter os profissionais e ter que encerrar algumas atividades. Mesmo assim, não desanima: “Estou mantendo um desafio na internet com os alunos para emagrecimento e também busco manter contato com todos que frequentaram o box”.

Ele acredito que as academias devam sim reabrir o mais rápido possível, não só pela questão econômica mas principalmente por ajudar a cuidar da saúde. “Praticamente todas as academias tem alunos com algum tipo de doença ou com obesidade, que usam a atividade física para se manterem saudáveis. Sem falar que atividade física proporciona melhor imunidade, o que é eficaz para evitar adoecer”, considera.

Como o movimento das academias de Louveira para reabertura já havia começado, Tiago planejou como seria a volta das atividades. Se o box fosse autorizado a abrir, os número de alunos por hora de aula seria diminuído pela metade e os espaços onde cada um faria sua atividade seria demarcado, respeitando assim as normas de evitar aglomerações e manter distância segura. “Pretendo também verificar a temperatura dos alunos diariamente e preencher uma planilha para acompanhar e identificar qualquer sinal de que está a pessoa está adoecendo, podendo assim orientá-la sobre os cuidados e evitar o contágio dos demais”, explicou.

Esta iniciativa que pretende praticar assim que o box voltar a funcionar, na opinião de Tiago, mostra que as academias podem ter até mais controle de quem está com boa saúde do que outros serviços essenciais que estão funcionando no momento. “Há supermercados que estão verificando a temperatura dos clientes mas não é possível fazer este acompanhamento que quero fazer”, opina.

Regras rígidas para reabertura do comércio

Para retomar as atividades, Tiago diz que também vai agendar as aulas para poder limitar a quantidade de pessoas dentro do box, além de fazer cumprir todas as medidas de higiene. “Não vamos voltar ao normal. Teremos regras rigorosas. Só vamos funcionar com segurança. A saúde tem que vir em primeiro lugar”, afirma, citando muitas outras medidas que tomaria em seu box.

Ele acredita que desta forma, com o cumprimento de todas as determinações e cuidados para evitar a disseminação do vírus, mais e mais comércios possam voltar a funcionar. “Boa parte dos alunos que tenho são comerciantes e estão passando pela mesma situação. Somos uma cadeia: se um quebrar, o outro também vai ter prejuízos. Temos que nos preocupar com a saúde sim em primeiro lugar mas não podemos esquecer da economia”, finalizando, salientando que há formas de superar este momento de crise e pandemia com a ajuda de todos.

Texto: Marília Porcari – Acontece Louveira// Foto de Polina Tankilevitch