Louveira teve apenas 30 casos confirmados de dengue em 2020, de acordo com dados da Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo. Ainda não foram computadas as  notificações de dezembro, mas o número é bem abaixo do que no ano anterior, quando foram 110 casos.

Até novembro de 2020, foram 19 casos autóctones, ou seja, contraídos no próprios município, e 11 importados, aqueles contraídos em outra cidade. Em 2019 foram 95 autóctones e 15 importados. Apesar da diminuição de casos, ainda é preciso continuar atento com a proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, Zika e chikungunya. Com a chegada do verão, que se iniciou no final de dezembro, há mais chuvas e calor, ambiente perfeito para os criadouros do mosquito.

Para evitar isso,  é importante criar hábitos como não deixar água parada em pneus, vasos de plantas, garrafas, caixas d’água ou outros recipientes que possam permitir a reprodução do mosquito. Manter lixeiras bem tampadas, ralos limpos e com aplicação de tela, e usar lonas esticadas para cobrir materiais de construção são outros cuidados para evitar o acúmulo de água.

“Na maioria das vezes, a transmissão é no domicílio porque o mosquito tem uma maior atividade no começo da manhã e final da tarde. Então, esses são os momentos das famílias estarem normalmente nas suas residências, principalmente nos finais de semana”, explicou o professor de epidemiologia da Universidade de Brasília (UnB), Walter Ramalho.

O epidemiologista lembrou que com a Covid-19 há pessoas que estão trabalhando em casa, o que aumenta o risco de exposição ao Aedes aegypti. Por isso, além dos cuidados coletivos para evitar os criadouros do mosquito, ele chamou atenção para a proteção individual. “Precisamos ter cuidado em proteger nossa residência, nos proteger usando repelente e, quando possível, usando roupas mais adequadas, camisa de manga longa e calças compridas.”

Campanha Nacional

O Ministério da Saúde lançou, em novembro de 2020, a campanha nacional “Combater o mosquito é com você, comigo, com todo mundo”, um chamado para a responsabilidade compartilhada de enfrentamento do transmissor da dengue, Zika e chikungunya.

O ministério lembrou que o período do ano com maior transmissão são os meses mais chuvosos de cada região, mas é importante manter a higiene e evitar água parada todos os dias, porque os ovos do Aedes aegypti podem sobreviver por um ano até encontrar as melhores condições para se desenvolver.

“Todos nós temos nossa responsabilidade de mantermos nossa casa, nosso ambiente, livre de criadouros do mosquito. Além dessa campanha, o ministério disponibilizou, a todos os estados, todos os inseticidas e larvicidas, tudo que foi necessário para continuarmos combatendo o Aedes aegypti”, ressaltou o secretário de Vigilância em Saúde, Arnaldo Medeiros. “Juntos, podemos combater o mosquito”, completou.

De acordo com o boletim epidemiológico do Ministério da Saúde, em 2020, 90,6% dos casos prováveis de dengue ocorreram entre os meses de janeiro e junho. Este dado se confirma em Louveira, já que entre agosto e novembro houveram notificações mas nenhuma confirmação da doença. Mesmo padrão do ano anterior, quando a maior parte dos casos foi confirmada no primeiro semestre.

Sintomas das doenças

Os sintomas de dengue, chikungunya ou Zika são semelhantes e incluem febre de início abrupto acompanhada de dor de cabeça, dores no corpo e articulações, prostração, fraqueza, dor atrás dos olhos, erupção e coceira na pele, manchas vermelhas pelo corpo, além de náuseas, vômitos e dores abdominais.

É importante que, ao surgirem os primeiros sintomas, o cidadão procure orientação médica em uma unidade de saúde. O tratamento é indicado pelo profissional de saúde de acordo com os sintomas apresentados pelo paciente.

 

Com informações da Secretaria Estadual de Saúde de SP e Governo do Brasil