Moradores da Rua Ângelo Chicalhone, no bairro Santo Antônio, estão sofrendo há anos com a perturbação do sossego. Neste momento de pandemia da covid-19, a preocupação aumentou já que aglomerações tem sido comuns tanto na rua quanto em festas em residências.

Neste final de semana, mais um episódio do descaso das autoridades com o problema: mesmo após insistentes ligações e denúncias pelo aplicativo do Cartão Cidadão, nada foi feito.

Os moradores contam que há festas em residências, com som alto e até mesmo mesas colocadas nas calçadas, com convidados sem usar máscaras. Quem precisa passar pela rua, fica exposto à possibilidade de ser contaminado pelo coronavírus. Quem está dentro de casa, não consegue descansar com o som alto dos vizinhos.

Outro flagrante comum é a venda e consumo de drogas na região. Mesmo com as denúncias, não há represália por parte das autoridades municipais.

Problema antigo e que só aumenta

Alguns moradores tem registros de troca de e-mails com Prefeitura e Guarda Municipal, com data de maio do ano passado. “Não aguento mais. Estou desesperada. Não sei mais para onde recorrer”, conta uma moradora que prefere não se identificar, pois os vizinhos ‘perturbadores’ já a ameaçaram.

“Louveira está terra sem dono”, desespera-se. “Sabem que não tem lei, não tem ronda, então continuam”, disse, lembrando que esteve sábado e domingo reclamando com os próprios vizinhos e ligando na Guarda. As reclamações foram registradas também na Ouvidoria da Prefeitura, que sugeriu que aguardem e “em breve entraremos em contato com uma resposta conclusiva”.

A equipe de jornalismo do Acontece Louveira entrou em contato com a Prefeitura, por e-mail e por telefone, mas não teve resposta.