A Prefeitura de Louveira vai reduzir em duas horas o horário de atendimento presencial ao público em todas as unidades da Administração direta e indireta já a partir desta quarta-feira (3). O atendimento no Paço Municipal será feito das 9h às 14h. Até hoje, acontecia entre 9h e 16h. A única exceção são os serviços da Secretaria de Saúde, que serão mantidos nos mesmos horários e formas de funcionamento.

Além disso, fica estabelecido que o atendimento das 9h às 11h em todos os serviços da Administração direta e indireta, exceto na Secretaria de Saúde, será exclusivamente para pessoas com mais de 60 anos e gestantes.

As medidas têm como objetivo reduzir o risco de contágio pelo coronavírus, tanto dos moradores quantos dos funcionários públicos, em meio a um aumento de casos e de internações por covid-19 em toda a região.
A taxa de ocupação de leitos de UTI na cidade chegou a 80% nesta terça-feira e a quantidade de casos suspeitos aumentou 93% desde a última sexta-feira. Há ainda 214 pessoas cumprindo isolamento domiciliar, com casos  confirmados ou suspeitos da doença, por apresentarem sintomas. Trinta pessoas já morreram de covid em Louveira.

Servidores

Também a partir desta quarta-feira, os servidores públicos municipais com 60 anos ou mais vão passar a ter a opção de trabalhar de forma remota, sem ter que ir à Prefeitura. A medida vale também para os que possuem comorbidades. As cargas de trabalho serão mantidas e o controle será feito pela Secretaria de Administração.

A comprovação da comorbidade deve ser feita pelo próprio servidor mediante apresentação de declaração informando que faz parte do grupo de risco para a covid-19.

A exceção são os funcionários da Secretaria de Saúde, servidores comissionados e agentes políticos, que continuam trabalhando de forma presencial.

Cenário

O prefeito de Louveira, Estanislau Steck, e o vice, Ricardo Barbosa, participaram na tarde desta terça-feira de uma reunião virtual que teve a presença de 617 prefeitos e/ou representantes de municípios do Estado com o Governo de São Paulo.

Na reunião, foram apresentados dados da pandemia com um cenário alarmante. O momento, disseram os relatórios, é o mais delicado e grave desde março de 2020. A quantidade de casos aumenta dia após dia, assim como a taxa de ocupação de leitos de UTI segue em alta.

Segundo relato da Secretaria de Estado da Saúde, se não houver uma mudança de comportamento da população para seguir as regras de isolamento e uso de máscaras, em um prazo de 11 dias a expectativa é de que o sistema de saúde do Estado entre em colapso e a ocupação dos leitos de UTI não tenha condições de atender a demanda de casos.

Nesta terça-feira, segundo a secretaria estadual, o índice de ocupação dos leitos é de 75,3% na média de todo o Estado, mas vários municípíos já atingiram o limite máximo e não têm vagas para internar pacientes com casos mais graves de covid-19.

A orientação dos técnicos da Saúde é para que as pessoas mantenham o uso da máscara, evitem aglomerações e reforcem as práticas de higiene pessoal lavando as mãos e usando álcool em gel.