As pessoas que vão viajar para fora do Brasil com animais de estimação devem ficar atentas para evitar imprevistos na hora de embarcar. Esse tipo de viagem exige o Certificado Veterinário Internacional (CVI), que atesta as condições, o histórico de saúde do pet e comprova que o cão ou gato atende às exigências sanitárias do país de destino.

O documento pode ser emitido gratuitamente pelo Sistema de Vigilância Agropecuária Internacional (Vigiagro), do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). O Mapa já disponibiliza a emissão do CVI para trânsito internacional de animais de estimação para 11 países de forma eletrônica: Argentina, Bolívia, Canadá, Chile, Colômbia, Estados Unidos, Japão, México, Paraguai, Uruguai e Venezuela. Para solicitar o documento, basta acessar o portal GOV.br.

A jornalista e estudante Ana Karoline Lustosa se mudou do Brasil para o Canadá em setembro deste ano. Ana e o marido levaram a cachorrinha de estimação Catu, na viagem. Ela conta que o processo para obtenção do CVI, exigido pelas autoridades sanitárias canadenses, foi simples.

“Nós tivemos que emitir o CVI. Foi bem tranquilo. Foi direto no site do Governo Federal. Depois, nós tivemos que levar até o aeroporto para eles assinarem, também tivemos que pedir um laudo para a veterinária que acompanhava a nossa cachorra no Brasil. Então, o processo para obtenção do CVI foi bem tranquilo. Foi tudo online, ganhamos tempo com isso”, afirma.

O Mapa recomenda que os donos de animais devem planejar a viagem com antecedência, a fim de conhecer as exigências do país de destino. Cada país tem regras próprias para autorizar a entrada de animais domésticos. Alguns aceitam o CVI ou o passaporte para a entrada do bicho. Outros só permitem a entrada por meio do CVI.

A diferença entre os dois documentos é que o primeiro deve ser emitido antes de cada viagem. O passaporte, por sua vez, pode ser usado em várias viagens, durante toda a vida do animal, desde que acompanhado de comprovante de vacinação atualizado.

É importante destacar que o CVI tem validade determinada. O documento vale entre dois e dez dias para ingresso no país de destino. O prazo passa a contar do momento da emissão na unidade do Vigiagro até a chegada ao país de destino. Embora a obtenção do CVI tenha sido simples, Ana explica que as etapas do processo exigem planejamento. Nada de fazer tudo em cima da hora.

“Fizemos a solicitação, a gente respondeu um formulário e enviamos o cartão de vacina da nossa cachorrinha. Eles têm um prazo para poder analisar. Depois desse prazo, quando estava tudo ok, a gente teve que imprimir esse documento e levar até o Vigiagro do Aeroporto de Brasília, no caso, para que eles pudessem carimbar. As informações que eles precisam são pessoais, como dos donos do cachorro e as informações sobre vacina“, conta.

Nos casos em que não há possibilidade de solicitar a emissão do CVI  pela internet, o Mapa recomenda que os passageiros compareçam a uma unidade do Vigiagro com, no mínimo, 30 dias de antecedência. Assim, evitam-se os imprevistos que podem impedir o animal de embarcar. Todos os estados brasileiros e o Distrito Federal contam com, ao menos, uma unidade do Vigiagro. Para saber qual a mais próxima de você, clique aqui.

Estados Unidos

De acordo com o Mapa, desde 1º de dezembro, o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), dos Estados Unidos, estabeleceu que os animais que chegam de países classificados como de alto risco para a raiva, o que inclui o Brasil, só vão poder ingressar nos EUA por um dos 18 pontos de entrada aprovados.

Além disso, as autoridades sanitárias norte-americanas aumentaram a exigência de documentação. Antes, o país exigia apenas o comprovante de vacina de raiva. Agora, os donos desses animais de estimação precisam apresentar um comprovante de microchip e o laudo de sorologia da raiva, caso a vacina tenha sido aplicada fora dos Estados Unidos. Por fim, a idade mínima para o ingresso de cães passou de quatro para seis meses de idade.

Fonte: Brasil 61