A Dengue em Louveira já tem 70 casos confirmados. De acordo com dados do Centro de Vigilância Epidemiológica do Estado de São Paulo, 62 casos são autóctones, ou seja, contraídos na própria cidade, e apenas oitos são importados.
Os números são alarmantes, já que no ano passado inteiro apenas dois casos de dengue em Louveira foram confirmados. Os dados podem ser conferidos no site do CVE.
O aumento da confirmação de casos de dengue não é só em Louveira. Segundo informações publicadas no site da Prefeitura de Louveira, o número de casos de dengue no país cresceu 264 % em relação ao ano de 2018. Os óbitos pela doença também aumentaram 67%, em comparação com o ano passado. As informações são do Ministério da Saúde.
Esse aumento expressivo do número de casos tem 2 fatores determinantes: a circulação do sorotipo 2 do vírus e a ocorrência de chuvas e temperatura acima da média.
Reinfecção
Dos 4 tipos existentes da dengue, no interior do Estado circulava apenas o do tipo 1. Com o recente aparecimento do tipo 2, até as pessoas que estavam imunes ao tipo 1 podem ser infectadas novamente com a dengue, desta vez com o tipo 2.
Tipo 2
Com o reaparecimento do sorotipo 2 após alguns anos sem circular, a maioria das pessoas estão susceptíveis à infecção, mesmo aquelas já imunes aos outros 3 sorotipos.
A dengue do tipo 2 tem sintomas mais intensos e duração mais prolongada. Os sintomas mais comuns são febre, dor de cabeça, dor atrás dos olhos, dor no corpo, dores nas articulações, desânimo, falta de apetite, náusea, vômito, diarreia e manchas avermelhadas pelo corpo.
O aparecimento de febre e mais 2 dos sintomas descritos já indicam infecção. Em caso de suspeita, procure a unidade de saúde mais próxima.
O período de incubação (do momento da picada do mosquito contaminado ao aparecimento dos sintomas) varia de 3 a 14 dias, sendo a média de 7 dias.
Vale lembrar que contrair dengue pela 2.ª vez agrava os riscos da doença.
Combate à dengue
A forma de combater a circulação de todos os tipos do vírus é eliminar locais de reprodução do mosquito Aedes aegypti, principalmente lixo e entulho depositados em locais impróprios.
Confira as principais medidas de combate:
• Manter bem tampados caixas d’água, ralos, e barris;
• Lavar semanalmente com água e sabão tanques utilizados para armazenar água;
• Remover galhos e folhas de calhas;
• Não deixar água acumulada sobre a laje;
• Encher pratinhos de vasos com areia até a borda ou lavá-los uma vez por semana;
• Colocar lixo em lixeiras fechadas;
• Manter garrafas de vidro e latinhas de boca para baixo;
• Manter pneus em locais cobertos;
• Fazer sempre a manutenção de piscinas;
• Quebrar os cacos de vidro em muros de modo a não acumular água;
• Vasos sanitários externos devem ser tampados e verificados semanalmente;
• Limpar sempre a bandeja do ar condicionado;
• Lonas para cobrir materiais de construção devem estar sempre bem esticadas para não acumular água;
• Fazer a limpeza do quintal.
Informações: CVE e PML
foto: James Gathany/ Creative Commons
