Assim, é fundamental um cuidado redobrado para ficar longe dos roedores. Pensando nisso, o especialista no assunto, o pesquisador Marcos Potenza, do Centro de Pesquisa de Proteção Ambiental do Instituto Biológico (IB), vinculado à Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado, ensina como lidar com esses visitantes nada desejados.
“Não temos que conviver com os ratos. Tolerância zero”, afirma o pesquisador. Segundo ele, é preciso se atentar a todos os detalhes. “Desde a coleta dos frutos caídos das árvores, instalações de telas e controle químicos com iscas. A ração de cães, por exemplo, é um excelente atrativo para os roedores, lembrando que esses são animais noturnos. Portanto, remova a ração à noite, após o consumo, pelos seus animais de estimação”, disse.
“Chumbinho não é raticida, é um agrotóxico altamente perigoso que tem sido vendido de forma clandestina”, alerta o especialista. “Raticidas na formulação bloco parafinado são bons para serem usados em ambiente externo porque são resistentes ao calor e chuva, mas devem ser colocados fora do alcance de crianças e animais domésticos. É preciso, ainda, evitar acúmulo de materiais e remover regularmente o lixo em recipientes fechados”, completa.
Pode parecer simples, mas não é o que acontece na maioria das vezes. “Temos coleta de lixo diariamente e mesmo assim as pessoas colocam o lixo de qualquer jeito bem antes da hora do caminhão”, reclama a moradora da região central de São Paulo, Nádia Castilho. “Já me cansei de ver lixo espalhado e os ratos vêm atrás dessas comidas”, diz.
O tamanho do risco
O pesquisador Marcos Potenza, do Centro de Pesquisa de Proteção Ambiental do Instituto Biológico, enumera que um rato pode produzir 40 focos de urina ao dia, totalizando 14.600 focos disseminados pelo ambiente em um ano. O rato de telhado chega a produzir cinco gerações ao ano, com seis filhotes em cada gestação, um total de 726 ratos por ano.
Considerando que cada roedor consome em média 30 gramas de alimentos por dia, em um ano podemos perder cerca de 8 toneladas por consumo direto e muitas outras toneladas por contaminação.
Foto e informações: SP Notícia