A perspectiva para o inverno de 2019 é de pouco frio no Brasil. Muita gente acha que um inverno “quente” é bom. Para quem não gosta do frio, de fato, o inverno sem frio intenso e prolongado é o mais desejado. Mas a falta do frio traz várias complicações. Entenda porque o inverno quente é ruim.

Os reservatórios de água diminuem mais rapidamente
Para começar a evaporação dos reservatórios aumenta. Estes meses do meio do ano são os com tempo mais aberto e ar mais seco na maior parte do Brasil.

Se junta a temperatura mais alta com o período de ar mais seco, os níveis das barragens diminuem. A situação é melhor do que a dos últimos anos, mas as barragens nem estão tão cheias assim.

Além do risco do aumento de preço da energia elétrica, tem também existe o risco de desabastecimento de água nas cidades.

Mantém a população de insetos maior do que se estivesse frio
Os insetos são animais de “sangue frio”, ao contrário dos seres humanos a temperatura do corpo deles muda com a temperatura do ambiente.

Os insetos dependem da temperatura externa para se manterem ativos, ou seja, se alimentarem, se moverem e se reproduzirem. E a proliferação de algumas espécies é um grande problema para a humanidade.

O caso mais crítico no Brasil é do Aedes Aegypti, mosquito transmissor de muitas doenças “de verão”. Quando o frio de verdade não vem, estes insetos têm um índice de reprodução maior o que mantém os índices de contaminação humana altos mesmo no inverno.

Além deste problema de saúde, os insetos também são causadores de perdas no agronegócio, levando ao aumento do controle de pragas e consequentemente aumentando o custo de produção.

O ar fica mais poluído
Para que a temperatura suba mesmo, as frentes frias têm que ser bloqueadas ao Sul do Brasil.

Os dias “quentinhos” de céu azul indicam que o ar se move pouco. Com isso a poluição de partículas fica retida perto das fontes, que podem ser as ruas cheias de carros, as queimadas intencionais ou naturais.

Também existe a poluição por ozônio, que combina a química dos combustíveis queimados e o tempo ensolarado.

Quanto mais ensolarado pior!

O fogo se espalha mais rapidamente
Neste outono choveu mais que a média na maior parte do Brasil, o que fez com que os índices de queimada ficassem baixos. Isso foi até o dia 06 de junho, quando a massa de ar seco chegou e empurrou a nebulosidade para fora de Santa Catarina, do Paraná, das Regiões Sudeste, Centro-Oeste, do sul da Amazônia e do sertão nordestino.

A estação de queimadas atrasou, mas com esta secura ela pode recomeçar ainda em junho.

Informações: Climatempo, por Josélia Pegorim

Foto: Pixabay