Com muitos serviços paralisados em todo o país por conta da disseminação do Coronavírus, algumas Prefeituras tem tomado medidas para garantir a alimentação aos que mais precisam.

Escolas fechadas impedem que algumas crianças façam ao menos uma das suas poucas refeições. Para impedir isso, algumas estão abrindo em regiões mais carentes apenas para oferecer alimentos.

É o caso do CIEP Gilberto Freyre, em Senador Camará, no Rio de Janeiro, que anunciou em cartaz almoço das 11h às 13h até o dia 20, apesar das aulas suspensas.

Distrito Federal achou uma outra forma de lidar com a questão. Os alunos de baixa renda da rede pública irão receber uma bolsa alimentação durante o período em que as aulas estiverem suspensas. Assim, as crianças continuarão contando com a alimentação, mas não precisarão ir até a escola.

O governador do Distrito Federal,  Ibaneis Roch, decretou que:

“Os alunos da rede pública de educação, cadastrados e beneficiados no Bolsa Família, no período de suspensão das aulas continuarão tendo direito à alimentação escolar”. O valor da bolsa alimentação será depositado por meio do Cartão Material Escolar.

Cerca de 70 mil famílias receberão o benefício e o valor será cedido de acordo com a situação de cada aluno. Aqueles que costumam fazer uma refeição na escola receberão R$ 59,70 para os 15 dias de suspensão. Já aqueles que fazem 2 refeições contarão com R$ 119,40 e os que fazem as 3 refeições ganharão R$ 179,10.

Já a Prefeitura de Florianópolis, em Santa Catarina, criou o “cartão-merenda escola”, que vai pagar uma cesta básica para cada aluno carente da rede municipal de ensino da cidade durante a suspensão das aulas.
Conforme determinado pelo município, todas as crianças cuja família seja do local e esteja cadastrada no programa Bolsa Família terão acesso ao cartão.

Outro exemplo é o do Governo do Paraná que determinou que alimentos adquiridos pelo Estado para compor a merenda escolar sejam distribuídos para famílias de estudantes beneficiários do Bolsa Família. 

São cerca de 230 mil alunos inscritos no programa no Paraná. Também há a determinação de que o Programa Leite das Crianças, que atinge 110 mil crianças entre 6 meses e 3 anos de idade e envolve 5 mil produtores rurais, seja mantido.

A distribuição ocorre em razão da suspensão das aulas na rede estadual, medida adotada para evitar a propagação do novo coronavírus. Num primeiro momento devem ser repassados alimentos perecíveis e próximos à data de vencimento que já estão armazenados nas escolas.

Ações em Louveira

Até o momento, em Louveira, apenas voluntários realizaram campanhas e alguns restaurantes destinaram comida para funcionários da saúde e para equipes de segurança, que por sua vez, repassaram para Casa de Passagem, que recebe moradores de rua. Ainda não há informações de escolas oferecendo merenda em Louveira.

Na região, os municípios também não divulgaram ações para crianças beneficiadas pelo Bolsa Família. Na cidade de São Paulo, por exemplo, em entrevista ao site G1 no dia 16 de março, foi informado que seria analisada uma medida para estes casos, mas em nota divulgada no site da Prefeitura em 19 de março, a informação era que após o dia 23 de março, as unidades escolares ficam fechadas para atendimento externo.

Com informações Revista Pais e Filhos, PMSP, PMF e Gov PR
Foto de Matthias Zomer