A dengue em Louveira já registra seis vezes mais casos em apenas três meses de 2019 em comparação com o ano todo de 2018.

De janeiro até março deste ano, a doença foi contraída por 12 pessoas, de janeiro até março deste ano. Os dados são da Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo e podem ser consultado no site.

Já em todo o anos de 2018, foram registrados apenas dois casos de dengue em Louveira. As informações também estão disponíveis no site do órgão.

Os registros apresentados mostram que foram 40 notificações em 2019, com 12 casos confirmados até março, e 34 notificações com dois casos confirmados durante todo o ano de 2018, e a doença foi contraída na cidade, os chamados casos autóctones.

Já em 2019, quase que absolutamente todos os casos de dengue em Louveira foram contraídos no município: apenas um é importado, ou seja, a pessoa com a doença foi picada pelo mosquito em outra cidade.

Os números de Louveira, em comparação com outras cidades, não estão alarmantes mas é importante a atenção para evitar criadouros do mosquito Aedes Aegypt, transmissor da dengue e de outras doenças.

Possibilidade de Surto

O Ministério da Saúde divulgou nesta terça-feira (30), em seu site, uma notícia com dados do Levantamento Rápido de Índices de Infestação pelo Aedes aegypti (LIRAa) e mostra que 994 municípios (20% do total realizado) apresentaram alto índice de infestação, com risco de surto para as doenças dengue, zika e chikungunya. O Ministério da Saúde alerta que o sistema de vigilância de estados e municípios e toda a população devem reforçar os cuidados para combater o mosquito.

Além das cidades em situação de risco, o levantamento identificou 2.160 municípios em alerta, com o índice de infestação predial (IIP) entre 1% a 3,9% e 1.804 municípios com índices satisfatórios, inferiores a 1%. No total, 25 capitais realizaram o Levantamento Rápido de Índices por Aedes aegypti (LIRAa).

Na tabela do LIRAa, Louveira está na categoria amarela, ou seja, ‘Alerta’. A consulta pode ser feita no link no Ministério da Saúde.

Ao todo, 5.214 municípios realizaram algum tipo de monitoramento do mosquito transmissor dessas doenças, sendo 4.958 (95,1%) por levantamento de infestação (LIRAa/LIA) e 256 por armadilha. A metodologia da armadilha é utilizada quando a infestação do mosquito é muito baixa ou inexistente no local.

“O resultado do LIRAa confirma o aumento da incidência de casos de dengue em todo o país que subiu 339,9% em relação ao mesmo período do ano passado. Esses resultados indicam que é preciso fortalecer ainda mais as ações de combate ao mosquito transmissor, com a participação da população e de todos os gestores locais e federal”, afirma o secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Wanderson Kleber, frisando, no entanto, que “mesmo com aumento no número de casos da doença, a taxa de incidência de 2019 está dentro do esperado para o período. Sendo assim, até o momento, o país não está em situação de epidemia, embora possa haver epidemias localizadas em alguns municípios e estados”, disse.

Casos de dengue, zika e chikungunya aumentam no Brasil

Em 2019, até 13 de abril, foram registrados 451.685 casos prováveis de dengue no país, aumento de 339,9% em relação ao mesmo período do ano passado, quando foram registrados 102.681 casos. A incidência, que considera a proporção de casos em relação ao número de habitantes, tem taxa de 216,6% casos/100 mil habitantes. O número de óbitos pela doença também teve aumento, de 186,3%, passando de 66 para 123 mortes.

Em relação à zika, foram registrados 3.085 casos, com incidência de 1,5 caso/100 mil hab. Em 2018, no mesmo período, foram registrados 3.001 casos prováveis. Em 2019, não foram registrados óbitos por zika.

Também foram registrados 24.120 casos de chikungunya no país, com uma incidência de 11,6 casos/100 mil hab. Em 2018, foram 37.874 casos – uma redução de 36,3%. Em 2019, não foram confirmados óbitos por chikungunya.

Com informações Secretaria Estadual de Saúde e Ministério da Saúde

Foto: James Gathany/ Creative Commons