A Prefeitura de Louveira, por meio da Secretaria de Saúde, realiza o Janeiro Roxo, campanha de conscientização e luta contra a Hanseníase. A Campanha é proposta pelo Ministério da Saúde.

“A Hanseníase é uma doença perigosa, mas pode ser evitada e tratada e é por isso que a nossa equipe da Secretaria de Saúde voltou o mês para conscientizar, orientar e atender a população. Caso identifique algum sintoma, procure a UBS mais próxima”, afirma o prefeito Estanislau Steck.

Durante o mês, as UBSs (Unidade Básica de Saúde) estarão conscientizando a população através de folders e cartazes sobre os sintomas, riscos e tratamento. Além disso, também são realizadas avaliações em acolhimento (livre demanda) de casos suspeitos.

A Prefeitura também fará divulgação de material de conscientização em suas redes sociais. Ao detectar algum sintoma, você deve procurar atendimento.

Hanseníase

A hanseníase, antigamente conhecida como lepra, é causada pela bactéria Mycobacterium leprae, e atinge principalmente a pele, nervos, olhos e nariz. Ela infecta todas as pessoas, independentemente do sexo e da idade.

Ela é uma doença causada por uma bactéria que se reproduz de maneira lenta e pode ficar incubada no corpo da pessoa infectada por até 5 anos antes de qualquer sintoma se manifestar. Segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), o Brasil registra cerca de 30 mil novos casos de hanseníase anualmente.

O paciente pode sentir dores pelo corpo, além de perder força muscular e a sensibilidade da pele, podendo causar incapacidades físicas permanentes, especialmente nas mãos, pés e olhos.

A hanseníase não mata, mas pode causar incapacidade física permanente. A doença se manifesta na pele em forma de manchas esbranquiçadas, amarronzadas, e acastanhadas. A sensibilidade da pele é alterada, podendo até mesmo perder totalmente durante a infecção. Formigamentos e dormência nos pés e mãos também podem estar presentes.

Cada pessoa pode ter um tipo de hanseníase diferente, que depende da forma que o organismo combate a bactéria, podendo ser: hanseníase tuberculóide, hanseníase virchowiana, hanseníase borderline e hanseníase indeterminada.

Transmissão

A doença é transmissível por gotículas que saem na fala, tosse e espirros.

A transmissão ocorre através do contato próximo e prolongado (meses) com um doente que não está sendo tratado. Estima-se que a maioria da população possua defesa natural (imunidade) contra esta bactéria e, portanto, a maior parte das pessoas que entrarem em contato não vão desenvolver a doença.

Não existe vacina específica contra hanseníase.

O tempo da infecção até os primeiros sintomas aparecerem (período de incubação) é em média de 2 a 7 anos. Após os sinais aparecerem, eles progridem lentamente.

Sintomas

-Manchas esbranquiçadas, avermelhadas ou amarronzadas em qualquer parte do corpo, com perda ou alteração de sensibilidade térmica (frio e calor), tátil (ao tato) e à dor.
-Podem surgir, principalmente, nas extremidades das mãos e dos pés, na face, nas orelhas, no tronco, nádegas e pernas;
-Áreas apresentam diminuição dos pêlos e do suor;
-Dor e sensação de choque, formigamento, fisgadas e agulhadas ao longo dos nervos dos braços e pernas;
-Inchaço de mãos e pés;
-Diminuição da sensibilidade e/ou da força muscular da face, mãos e pés, devido a inflamação de nervos.
-Ao detectar algum sintoma, você deve procurar um clínico geral ou dermatologista para avaliação.

A Secretária de Saúde, Márcia Bevilacqua, fala sobre o tratamento da doença: “A hanseníase tem cura e o tratamento está disponível gratuitamente pelo SUS. Estão disponíveis exames para detectar lesões na pele e analisar a sensibilidade da pele e dos nervos dos membros. O tratamento é realizado com antibióticos até a eliminação completa da bactéria, que dura de 6 a 12 meses”, finaliza.