O pagamento do 13º salário deve injetar cerca de R$ 214 bilhões na economia brasileira. A primeira parcela deve ter paga até dia 30 de novembro.

Mais de 81 milhões de trabalhadores com carteira assinada devem receber este benefício, segundo dados do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

A maior parte destes trabalhadores vão usar o 13º para comprar presentes. É o que diz uma pesquisa feita pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil).

Em comparação com os números do ano passado, quando 23% dos entrevistados disseram que usariam este benefício para compra presentes, o aumento é de 9%, já que agora, em 2019, 32% dos pesquisados afirmaram que vão gastar com as lembrancinhas.

Os que pretende investir ou poupar representam 24% dos entrevistados e os que vão usar o dinheiro nas comemorações de natal e ano novo são 22%.

Apenas 15% disseram que vão usar o dinheiro para as dívidas que estão em atraso.

Dicas dos Especialistas

Na avaliação da economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, o cenário econômico está estimulando uma disposição maior dos brasileiros em ir às compras com o 13º salário. “O país se recupera lentamente da crise e ainda sofre com os efeitos negativos da recessão, como desemprego elevado e renda comprimida. Ainda assim, o período mais agudo das dificuldades já foi superado, o que de certa forma, pode estimular um otimismo maior dos brasileiros na hora ir de ao consumo”, afirma a economista.

De qualquer modo, mesmo com o relativo otimismo do brasileiro em gastar neste Natal, a recomendação da economista do SPC Brasil é que consumidores inadimplentes devem destinar esse dinheiro para quitar dívidas com o pagamento pendente e recuperar o crédito na praça. “A prioridade deve ser sempre sair do vermelho e evitar pagamento de juros que se acumulam. Se o consumidor tem apenas uma dívida em aberto, é mais fácil resolver o problema com a chegada deste dinheiro extra. Caso exista mais de uma, a regra geral é priorizar as dívidas que têm os juros mais altos como, por exemplo, cheque especial e cartão de crédito”, afirma Marcela.

Já para quem realmente quer usar o dinheiro para comprar presentes, a dica é não parcelar em muitas vezes, uma vez que no começo do ano, há mais contas para pagar, conforme lembra educador financeiro do SPC Brasil, José Vignoli. “O ideal é fugir dos parcelamentos e negociar descontos atrativos nas lojas, preferencialmente pagando à vista. Pechinchar deve ser um hábito permanente do consumidor. As famosas lembrancinhas também podem ser um recurso útil para quem quer presentear sem gastar muito”, afirma Vignoli.