A Rodovia Romildo Prado, que liga Louveira e Itatiba, está na lista da Artesp (Agência de Transporte do Estado de São Paulo) como uma das que apresenta grande trecho – km 0 ao km 15 – com incidência de neblina – o que oferece riscos aos motoristas.
Trechos de serra e baixadas (vales) estão mais sujeitos à ocorrência de neblina. Os períodos de maior incidência são o começo da manhã e a madrugada. A Artesp e as concessionárias listaram os pontos onde é mais comum haver neblina nesta época do ano nas rodovias sob concessão. Porém o motorista deve estar atento em todas as viagens, uma vez que o fenômeno também é observado em outros trechos rodoviários.
Veja os 300 pontos onde a ocorrência de neblina é frequente na malha estadual concedida
Para reduzir o risco nas rodovias, a Agência de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp) e as concessionárias que administram os 8,4 mil quilômetros da malha sob concessão adotam uma série de medidas operacionais que visam aumentar os níveis de segurança para os usuários do sistema.
A menor visibilidade causada pela neblina aumenta a probabilidade de colisões traseiras, choques com obstáculos fora da pista (como muretas de proteção, postes de sinalização etc). Podem ocorrer, inclusive, engarrafamentos já que o motorista só percebe o acidente à frente quando está muito próximo.
O trabalho operacional preventivo para tornar as viagens mais seguras é realizado pela Artesp em conjunto com a Polícia Militar Rodoviária e as concessionárias. Entre as principais ações das concessionárias estão a revitalização das sinalizações vertical (placas e painéis informativos) e horizontal (pintura de solo), veiculação de mensagens alertando os motoristas nos painéis eletrônicos distribuídos pelas rodovias, sinalização com uso de viaturas, campanhas educativas, informativos através de sites, redes sociais e serviço 0800 e até suspensão de obras quando houver situações críticas.
Na malha concedida no Estado de São Paulo, a sinalização reforça a necessidade de reduzir a velocidade e cumprir a legislação que determina que o farol baixo seja aceso, além de haver dispositivos refletivos para orientação do motorista. Mas, o condutor do veículo também tem sua parte de responsabilidade para reduzir os riscos, como estar atento à sinalização, reduzir a velocidade ao perceber que a visibilidade está prejudicada e, jamais, usar o celular ao volante.
Anchieta-Imigrantes
No Sistema Anchieta-Imigrantes, onde a ocorrência desse fenômeno atmosférico é mais frequente, principalmente na região da serra, a concessionária Ecovias e a Polícia Militar Rodoviária realizam a Operação Comboio, ação na qual os carros que seguem no sentido litoral são represados nas praças de pedágio (km 31 da Anchieta e km 32 da Imigrantes) sempre que a visibilidade dos motoristas fica abaixo de 100 metros. Nessas situações de emergência, os veículos só podem trafegar escoltados por viaturas da Polícia Rodoviária e da concessionária a uma velocidade máxima de 40 km/h como medida de segurança.
Papel do motorista
Parte importante na prevenção de acidentes é de responsabilidade do condutor, que deve tomar os devidos cuidados ao viajar sob neblina:
- Reduza gradualmente a velocidade ao perceber os primeiros sinais de neblina;
- Mantenha uma distância segura do veículo à frente;
- Acenda os faróis baixos – tanto de dia quanto à noite. Já o farol alto, independente do horário, dificulta a visibilidade pela grande dispersão de luz emitida sob neblina;
- Não pare o veículo no acostamento;
- Nunca pare na pista;
- Não ligue o pisca-alerta com o veículo em movimento;
- Use a pintura de faixa da pista como referência do caminho a seguir;
- Fique atento a sinais sonoros externos que possam indicar uma situação atípica à frente como buzinas, sirenes e som de colisão;
- Deixe a janela aberta, ainda que parcialmente, para ouvir eventuais sinais sonoros;
- Evite uso de aparelhos que possam dispersar a atenção, especialmente o telefone celular;
- Deixe o para-brisa limpo;
- Mantenha o vidro aberto ou ligue a ventilação dentro do carro para não embaçar os vidros;
- Caso julgue não ter condições de visibilidade para seguir viagem, pare somente em locais seguros como postos de abastecimento.
Atendimento ao usuário
Em caso de necessidade de parada ou em situação de emergência, seja por ocasião de neblina intensa ou por algum outro motivo – como para descanso, obter informação ou pedir ajuda -, os motoristas que utilizam a malha estadual concedida contam com os Sistemas de Atendimento ao Usuário (SAUs). Ao todo, são 164 postos nas rodovias paulistas, que operam 24 horas por dia, todos os dias do ano, e têm o objetivo de auxiliar o usuário em emergências médicas ou mecânicas, além de oferecer pontos de parada.
Os atendimentos emergências são executados pelas concessionárias e estão previstos nos editais de concessão. Esses serviços são inteiramente gratuitos e operam por meio de unidades móveis, baseados ao longo do sistema viário em pontos fixos estrategicamente escolhidos. Os SAUs contam com primeiros socorros e atendimento médico a acidentados, com eventual remoção das vítimas a hospitais, atendimento mecânico e elétrico e serviço de guincho, com desobstrução da pista e eventual remoção do veículo.
Todos os contratos de concessão exigem ainda uma rede de telecomunicação de emergência disposta ao longo das rodovias, constituída de uma rede de telefones de emergência, destinada a permitir o acionamento pelo usuário que estiver precisando de ajuda ou wi-fi dedicado. Essa rede é interligada a uma central de comunicações, no Centro de Controle Operacional, que deverá acionar todos os recursos do sistema. Além dos telefones de emergência e wi-fi dedicado, veículos de inspeção de tráfego devem percorrer todo trecho da rodovia para detenção de ocorrências e situações que exijam intervenção, bem como para execução de sinalização de emergência necessária nos atendimentos.
Informações e foto: SP Notícias