A próstata aumentada ocorre principalmente em razão da idade, com o envelhecimento do homem. Quando essa glândula cresce, a uretra sofre uma pressão e o paciente passa a ter dificuldades para urinar. O HPB não é câncer e o aumento não representa risco para o surgimento do câncer de próstata.
De acordo com o urologista Joaquim Claro, além de alterar a frequência para urinar, os pacientes com HPB apresentam sintomas como jato fraco e fino, esvaziamento incompleto da bexiga e incapacidade para controlar a vontade de fazer xixi. Infecções com sangue na urina também são comuns para quem tem a próstata aumentada.
O especialista orienta que os homens procurem um urologista assim que sentirem alterações no jato ou na frequência para urinar. “Na consulta é realizado exame físico com questionário que vai classificar a gravidade de cada caso, com solicitação de exames complementares para diagnóstico e na sequência seguirmos com tratamento”, reforça.
Câncer de próstata
A realização dos exames rotineiros é indispensável, pois os cânceres de próstata costumam ter uma evolução silenciosa nos estágios iniciais. Somente em fases mais avançadas os sintomas ligados a esse tipo de tumor começam a aparecer, sendo eles aumento da frequência das micções, dificuldade para urinar, sangramento na urina ou até mesmo insuficiência renal, em casos mais pontuais.
“O diagnóstico precoce é fundamental, pois permite tratamentos menos agressivos e com altos índices de sucesso. Por isso, a indicação dos especialistas é que, a partir dos 50 anos, a realização de exames de rotina vire um compromisso para toda a população masculina”, explica o médico William Nahas.
Além da presença nos consultórios e observação de possíveis sintomas, alguns fatores de risco não devem ser ignorados. Homens que possuem histórico de câncer de próstata em familiares de primeiro grau (pai e irmãos), bem como aqueles que são de etnia negra devem redobrar os cuidados, por apresentarem maior propensão em desenvolver a doença de forma mais agressiva.
“Na maioria das consultas, o paciente só comparece ao hospital por insistência da família. Quando falamos de câncer de próstata, o preconceito com os exames de prevenção já diminuíram, mas ainda está longe do ideal. E a família pode ajudar nesse processo”, explica o médico Claudio Murta.
O aposentado Arnaldo Aparecido Saturnino conta que tinha preconceito com o exame, mas que percebeu que isso não era bom para sua saúde. “Ainda é um exame que às pessoas não entendem, mas conversando com o meu médico percebi que era um medo bobo e que poderia prejudicar a minha vida”, finaliza.
Informações e foto: SP Notícia