A violência psicológica é uma realidade dolorosa, muitas vezes invisível aos olhos, mas que deixa cicatrizes profundas na alma.
Identificar e documentar essa forma de abuso é crucial para romper o ciclo de violência e buscar justiça. Aqui estão algumas maneiras de fazer isso:

1. Registre tudo:
Anote datas, horários e detalhes do que foi dito ou feito, incluindo o contexto da situação e as pessoas presentes.
Descreva o impacto emocional que a violência teve em você, como sentimentos de medo, humilhação, tristeza, raiva ou ansiedade.
Guarde prints de conversas, e-mails, mensagens e fotos que contenham ofensas, ameaças, manipulações ou qualquer outro comportamento abusivo.
Se possível, grave áudios ou vídeos de momentos de agressões verbais ou emocionais.
Tire fotos de quaisquer sinais físicos da violência, como hematomas, arranhões ou cortes.

2. Obtenha testemunhas:
Procure pessoas que possam testemunhar o comportamento abusivo, como amigos, familiares, vizinhos, colegas de trabalho ou profissionais de saúde.
Relate o que você está passando a essas pessoas e peça que elas documentem o que presenciarem.

3. Laudos médicos e psicológicos:
Consulte um profissional de saúde mental para acompanhamento e tratamento dos impactos da violência em sua saúde emocional.
Solicite que o profissional elabore laudos que documentem os danos psicológicos causados pela violência.
Guarde todos os documentos relacionados ao acompanhamento psicológico.

4. Boletim de Ocorrência:
Registre um Boletim de Ocorrência na delegacia, mesmo que não tenha havido agressão física.
Leve consigo todas as provas que você tiver da violência psicológica, como prints de conversas, fotos, vídeos, laudos médicos e psicológicos.
Relate tudo o que você já passou com detalhes e peça medidas protetivas contra o agressor.

5. Busque apoio:
Existem diversos recursos e serviços de apoio disponíveis para vítimas de violência psicológica.
Você pode entrar em contato com a Central de Atendimento à Mulher pelo número 180 ou com o Ligue 180, que oferece atendimento 24 horas por dia, 7 dias por semana.
Também é possível buscar ajuda em ONGs, centros de referência de atendimento à mulher e outros serviços especializados, advogados especialistas.

 

 

Por SANDRA REGINA ROSSI MONTEIRO, advogada.