A alimentação emocional acontece quando a pessoa come mesmo sem fome em resposta a determinadas emoções. Ganho de peso e efeito sanfona são as principais consequências dessa prática, com riscos à saúde. Entre os sentimentos mais comuns, a ansiedade e o estresse lideram os fatores responsáveis pelo descontrole alimentar.
De acordo com a nutricionista Lara Natacci, sensações como tristeza, raiva ou culpa não melhoram depois que comemos. “Ao contrário, depois de comer demais para compensar esses sentimentos, vêm à frustração e a sensação de fracasso”, alerta.
Orientação
Ela diz que associar comida como alívio para os problemas pode ficar “programado” no cérebro. “O mais indicado, nos casos de alimentação emocional, é buscar orientação psicológica para trabalhar o comportamento compulsivo em relação à comida, além de acompanhamento nutricional e atividades físicas”, explica.
Identificar o que dispara o desejo de comer, além da necessidade do corpo, e descobrir a verdadeira relação com a comida são os primeiros passos para emagrecer com saúde. “Eu comecei a ter vontade de comer de madrugada e percebi que isso tinha relação com problemas no trabalho. Comecei a me controlar e tratar o problema”, explica o empresário Vilson dos Santos.
Confira dicas para identificar o consumo emocional e como evitá-lo:
- A fome emocional aparece de repente, enquanto a fome fisiológica surge gradualmente.
- Normalmente, o alimento emocional é de um tipo específico, que “conforta” a pessoa, e o consumo é urgente, não sendo possível esperar.
- Quando o impulso de comer for desencadeado pela fome emocional, se o indivíduo se distrair com uma atividade prazerosa, ele pode desaparecer. Se for desencadeado pela fome fisiológica, ele não desaparecerá.
- Se a pessoa come por emoção, muitas vezes, ela não consegue parar de comer, mesmo de já estiver saciada.
- O fato de comer por emoção causa sensações de culpa e frustração, enquanto em condições normais a ingestão alimentar pela fome não causa essas sensações negativas.
Como evitar
- Bom fracionamento da alimentação. Pequenos lanches ao longo dia, além do café da manhã, almoço e jantar.
- Evitar restrição alimentar severa.
- Consumir alimentos fontes de triptofano, um precursor da serotonina (grão de bico, lentilha, laticínios, cereais), magnésio (cereais integrais e folhas verde-escuras), e carboidratos complexos (cereais ricos em fibras), que ajudam a melhorar o ânimo e a sensação de bem-estar
- Técnicas de relaxamento.
- Atividade física regular.
- Sono adequado.
Informações e foto: SP Notícia