A Prefeitura de Louveira, por meio da Secretaria de Cultura e Eventos, promove mensalmente a realização do passeio histórico “Louveira: Antes, durante e depois da Ferrovia” dentro da grade de atrações da Cultura na Estação. Neste mês, o evento acontece no dia 19 de Agosto, a partir das 9h e a saída para o passeio acontece em dois horários: às 10h ou às 14h. Quem topar participar dessa experiência irá visitar locais históricos de Louveira, como Estação Ferroviária e Casas dos trabalhadores da CIA Paulista, “Cemitério de Escravos”, Igreja e Rio Capivari e Subestação de Energia, guiados pela equipe do Centro de Documentação e Pesquisa de Louveira que trará muitas informações sobre a trajetória de Louveira ao longo da história.

Quem desejar participar do passeio, deve realizar a inscrição previamente, clicando neste link.

“Fica aqui o meu convite para quem quiser dar uma volta no tempo. O passeio é uma ação que busca a valorização da história e cultura louveirense e passa por diversos pontos importantes da cidade. É um passeio muito rico e tenho certeza que você irá ver Louveira com outros olhos, não fique de fora!” convidou o Prefeito Estanislau Steck.

O Passeio tem como objetivo promover a ocupação e o reconhecimento dos espaços urbanos e rurais de Louveira ao longo do tempo, valorizando a história local e as projeções da memória coletiva da cidade.

LOUVEIRA ANTES, DURANTE E DEPOIS DA FERROVIA: PONTOS DE VISITAÇÃO

1 – Estação Ferroviária e Casas dos trabalhadores da CIA Paulista.

Inaugurada em 1872 com o nome “Estação Capivary”, fez parte da Companhia Paulista de Estradas de Ferro (CPEF), sendo parte da primeira parada entre o trecho Jundiaí-Campinas para o escoamento e desenvolvimento da cafeicultura e outras produções agrícolas. Em 1870 passou a ser chamada de Estação Louveira e foi mantida pela Companhia Estrada de Ferro Sorocabana, que promoveu uma série de ampliações e a construção de plataformas também entre os anos de 1914 e 1915.
Conjunto de Casa dos Trabalhadores da Cia Paulista de Estrada de Ferro, que depois passou para o domínio da Ferrovia Paulista S/A (FEPASA). Formando um conjunto habitacional de casas construídas para trabalhadores ao longo das vias férreas, o local tem uma importância histórica pela relação da formação da história dos trabalhadores da cidade e ferrovia, destacando a relevância arquitetônica existente em poucos locais no país.

2 – “Cemitério de Escravos”

Território com construções em taipas e escavações semelhantes de covas. Localizada nas terras da Fazenda Conceição do Barreiro, é intitulada como cemitério de escravos por meio de história oral, mas sem comprovação documental. Fazendo necessário um estudo arqueológico, principalmente pelas possibilidades da existência e o significado para a história do país.

3 – Igreja e Rio Capivari

Região localizada às margens do Rio Capivari, onde tem início a ocupação da cidade e com a primeira Paróquia de Louveira. No local, também foi instituído o primeiro Colégio da Cidade. Além da Igreja Católica Apostólica Romana do Sagrado Coração de Jesus, no território também tem diversas casas com característica arquitetônicas do início do século XX, formando um conjunto habitacional que relaciona ações culturais (Igreja), ambientais (Rio Capivari) e sociais (Habitações). Fundada em 13 de novembro de 1939, com a presença de dom José Gaspar de Afonseca e Silva (arcebispo de São Paulo), a Paróquia Sagrado Coração de Jesus, também conhecida como Igreja do Capivari, pertenceu inicialmente ao município de Jundiaí, acompanhando as transformações da região desde o início da década de 1930. Seis anos antes de sua fundação, em 1933, um grupo de fiéis passou a se reunir e planejar a construção da igreja. Desde então, passou a receber e celebrar diversas visitas e missas, além de desenvolver atividades relacionadas às práticas católicas. Em 1957 foi construída a Igreja de São Sebastião, próxima à paróquia.

4 – Subestação de Energia

Construída em 1921, a subestação era responsável pela geração de energia elétrica para o trecho Campinas-Jundiaí, parte da Estação Louveira. Nomeada em homenagem a Francisco Paes Leme de Monlevade (1860-1944), engenheiro ferroviário que atuou como dirigente da Companhia Paulista de Estradas de Ferro (CPEF) e da Estrada de Ferro Sorocabana, o espaço conta com um conjunto de residências, jardim estilo inglês, galpões com maquinário e busto em homenagem ao engenheiro. Em 1999 a subestação é desativada, dada a substituição do uso de energia elétrica para o diesel.

A Cultura na Estação acontece no neste sábado (19) a partir das 9h na Estação Ferroviária de Louveira.